《Volume 85, Edição 14p2627-2812, 17 de julho de 2025》
Chenyun Dai 1,2,3,4 ∙Yuangui Tang1,4 ∙ Huihui Yang 1 ∙ Junfang Zheng 1,5
A capa desta edição da Célula Molecular apresenta o estudo “A lactilação de YTHDC1 regula sua separação de fases para aumentar a estabilidade do mRNA alvo e promover a progressão do RCC" por Chenyun Dai¹²³⁴, Yuangui Tang¹⁴, Huihui Yang¹ e Junfang Zheng¹⁵ da Escola de Ciências Médicas Básicas da Capital Medical University.
Histórico da pesquisa
O carcinoma de células renais (CCR) é caracterizado por um microambiente tumoral único, hipóxico e rico em lactato. Esse microambiente característico cria condições altamente favoráveis à lactilação aberrante da lisina intracelular (Kla). Embora se saiba que o microambiente do CCR está intimamente associado à ocorrência de Kla, o papel funcional deste último na iniciação e progressão do CCR, bem como seus mecanismos moleculares subjacentes, permanece obscuro, representando uma questão científica fundamental com necessidade urgente de resolução neste campo.
Importância da Pesquisa
Este estudo tem importância significativa em vários níveis.
Primeiramente, por meio de investigação sistemática, demonstramos que os níveis globais de Kla estão acentuadamente elevados em tecidos e células de CCR humano, e que essa elevação está diretamente associada à progressão maligna do CCR. Essas descobertas oferecem uma nova perspectiva para a compreensão da patogênese do CCR e revelam que alterações nos níveis de Kla podem servir como um importante indicador de malignidade do CCR.
Em segundo lugar, aplicando análise lactil-proteômica avançada a células de CCR humanas sob condições que simulam hipóxia, identificamos a lactilação da lisina no sítio K82 da proteína leitora m^6A contendo o domínio de homologia YT521-B (YTHDC1). Experimentos posteriores revelaram que essa modificação de YTHDC1^K82la mediada por p300 promove robustamente a progressão maligna do CCR tanto in vitro quanto in vivo, identificando um novo alvo molecular-chave envolvido na patogênese do CCR e aprofundando nossa compreensão de seus mecanismos de doença.
Em terceiro lugar, no nível mecanístico, descobrimos que YTHDC1^K82la aumenta a capacidade de separação de fases de YTHDC1, levando à expansão de condensados nucleares. Essa alteração protege transcritos oncogênicos, como BCL2 e E2F2, da degradação pelo complexo PAXT (direção do exossomo da cauda poli(A)-exossomo), aumentando assim a estabilidade dos mRNAs alvo de YTHDC1. Essa descoberta delineia uma via de sinalização completa na qual Kla regula a expressão gênica por meio da modulação da separação de fases, impulsionando, em última análise, a progressão do CCR, e enriquece significativamente nossa compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes ao desenvolvimento do CCR.
Por fim, nosso estudo oferece novas esperanças e direções para a terapia clínica do CCR. Com base no papel crítico da modificação de Kla e do YTHDC1 na progressão do CCR, novas estratégias terapêuticas visando o processo de modificação de Kla ou a separação de fases do YTHDC1 poderão ser desenvolvidas no futuro, abrindo novos caminhos para melhorar os desfechos dos pacientes.
Perspectivas de Pesquisa
Em investigações futuras, várias direções promissoras merecem maior exploração.
Por um lado, a pesquisa pode se concentrar nos mecanismos regulatórios dinâmicos da modificação do Kla — examinando como os níveis de Kla se alteram sob diferentes condições fisiológicas e patológicas e identificando as principais enzimas e vias de sinalização envolvidas. Uma compreensão abrangente da dinâmica do Kla permitirá uma determinação mais precisa do seu tempo e modo de ação durante o início e a progressão do CCR.
Por outro lado, a rede regulatória da separação de fases da YTHDC1 merece um estudo mais aprofundado. Além da modificação de Kla identificada aqui, outros fatores — como modificações pós-traducionais adicionais ou interações proteína-proteína — também podem participar da regulação desse processo. A construção de uma rede regulatória completa para a separação de fases da YTHDC1 elucidará ainda mais seu papel central no controle da expressão gênica.
Além disso, dado o papel crítico de Kla e YTHDC1 na progressão do CCR, o desenvolvimento de medicamentos direcionados tem um potencial translacional substancial. A triagem de pequenas moléculas ou produtos biológicos que inibam especificamente a modificação de Kla ou interrompam a separação de fases de YTHDC1, seguida de avaliação pré-clínica e clínica, pode gerar novas opções terapêuticas para pacientes com CCR.
Por fim, considerando o papel fundamental do Kla no CCR, é plausível que o Kla possa exercer funções semelhantes em outros tipos de câncer. Investigar os padrões de expressão, papéis funcionais e mecanismos do Kla em diversos tipos de câncer pode fornecer bases teóricas e novos alvos terapêuticos para aplicações oncológicas mais amplas, promovendo, em última análise, o avanço geral do campo da terapia do câncer.
Processo de design da capa
A capa apresenta um pavão como tema central, usando sua singularidade e esplendor como metáfora para a excelência e a vanguarda da revista no campo da biologia celular molecular. As penas da cauda do pavão, totalmente abertas, criam um impacto visual impressionante, simbolizando o florescimento brilhante e a influência de longo alcance das conquistas científicas. Assim como a exibição de um pavão chama a atenção, ela captura o interesse dos leitores pelo conteúdo da revista. Ao mesmo tempo, a imagem do pavão ecoa a exploração do artigo sobre os intrincados mecanismos regulatórios intracelulares, sugerindo que as delicadas e requintadas redes dentro de uma célula se assemelham aos finos padrões da cauda de um pavão.
A paleta geral adota um tom azul e branco fresco e high-tech. O corpo do pavão é predominantemente azul, enquanto as penas da cauda são predominantemente brancas, adornadas com padrões de ocelos azul-esverdeados. O azul é frequentemente associado à tecnologia, racionalidade e profundidade, alinhando-se ao rigor e profissionalismo da Molecular Cell como periódico científico. O branco transmite pureza e simplicidade, conferindo à composição um visual limpo e nítido que destaca o tema. Os ocelos azul-esverdeados adicionam vivacidade e vibração à imagem, quebrando a potencial monotonia de um único esquema de cores e simbolizando novas descobertas e perspectivas únicas na pesquisa científica.
A capa como um todo é apresentada em estilo ilustrativo, mesclando arte e ciência. Ao combinar realismo com estilização artística, o design preserva a forma autêntica do pavão, realçando-a com cores e linhas expressivas. Essa abordagem evita a rigidez que o realismo puro pode trazer, bem como a ambiguidade que poderia surgir do excesso de abstração — atraindo com sucesso a atenção dos leitores e transmitindo a dupla qualidade da revista: rigor científico e arte criativa.
Nosso horário
Seg, 21/11 - Quarta, 23/11: 9h - 20h
Qui, 24/11: fechado - Feliz Dia de Ação de Graças!
Sexta-feira, 25/11: 8h - 22h
Sábado, 26/11 - Dom, 27/11: 10h - 21h
(todos os horários são horário do leste)